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Beef Hour by Feicorte retoma protagonismo da carne bovina




Qualidade, integração da cadeia produtiva e evolução do mercado brasileiro foram os destaques da programação


Com curadoria realizada por especialistas em carne bovina, a Beef Hour by Feicorte reuniu profissionais de diferentes frentes do setor para fomentar discussões sobre a qualidade de carne enquanto assadores preparam uma variedade de cortes que serão degustados pelos participantes.


Nesta quarta-feira (20/11), a programação contou com momentos de valorização da carne. O proprietário do restaurante Vermelho Grill e da marca Vermelho Beef, Eduardo Fornari falou sobre o histórico da empresa, fundada em 1999 com o objetivo de produzir proteína de alta qualidade pensando no consumidor. "Meu pai já falava disso nos anos 1990, muito antes de se tornar um tema amplamente discutido. A ideia era criar um restaurante que refletisse a nossa visão sobre o que deveria ser uma carne excepcional", contou.


Para Fornari, o diferencial está na integração total da cadeia produtiva desde a fazenda fornecedora de carne até a entrega. "Nossa produção é baseada em tecnologia e inteligência artificial. Utilizamos ultrassom para selecionar os animais desde a desmama e garantimos a excelência dos cortes com rigor técnico no abate e na classificação das carcaças", explicou.


Outro ponto destacado foi a parceria com empresas como a Nutron, que fornece suplementos para o confinamento, potencializando o marmoreio da carne e realçando seu sabor. "Nada disso seria possível sem um time dedicado. Cada parceiro tem um papel fundamental no resultado que entregamos", destacou.


Atualmente, o Vermelho Beef opera em três frentes: indústria, varejo e gastronomia. Em 2024, a empresa processou 270 toneladas de carne, o equivalente ao abate de 722 animais – 53% dessa produção foi vendida em canais próprios, como lojas e restaurantes.


A programação da Beef Hour seguiu com um painel sobre a evolução da carne bovina no Brasil, na ocasião o professor, zootecnista e pesquisador da APTA-Colina, Gustavo Siqueira destacou os avanços da pecuária de corte nas últimas duas décadas.


“Há 20 anos, começamos a desenvolver um modelo de produção que permitiu ganhos consistentes em qualidade e eficiência. O Boi777 é uma fórmula que incentiva a produção de bovinos com melhor encaixe comercial, atendendo às demandas do mercado nacional e internacional”, explicou Siqueira.


O painel também abordou as transformações na pecuária, enfatizando a necessidade de adaptação aos novos modelos produtivos. Segundo o professor, os produtores enfrentam desafios para aumentar a produtividade em um cenário de margens reduzidas e alta competitividade. "A evolução é guiada pela necessidade, não por escolha. Produzir mais com menos recursos é essencial para se manter no mercado", afirmou.


Produção baseada em novas tecnologias


Com oferecimento da Confraria da Carcaça, Semex do Brasil e Tairana, o tema “O Nelore e a qualidade de carne - mitos e verdades!” serviu como base para destacar o quanto a evolução das tecnologias e informações sobre gestão no campo contribuem como estratégia para elevar o nível dos negócios.


O proprietário da BBQ Secrets (marca de carnes nobres), Roberto Barcellos possui mais de 25 anos de experiência no mercado pecuário e comentou sobre a realidade que emergiu com o acesso a programas de gestão, como o Power BI, mostrando uma realidade que permite identificar e aplicar um planejamento para auxiliar nas tomadas de decisão.


"Independente da raça, é um caminho sem volta. Essa evolução influencia no custo de produção do pecuarista e da indústria e no custo de produção do quilo da carne. Então, quando todos estão alinhados com a mesma estratégia é possível vislumbrar, juntos, um ganho equilibrado”, concluiu.


Essa eficiência na condução da produção de carne foi o ponto levantado pelo proprietário da Celeiro Carnes Especiais e presidente da Confraria da Carcaça Nelore, Marco Túlio Soares. O investimento em melhoramento genético, segundo ele, é uma forma de entregar mais viabilidade econômica para o setor produtivo e para o setor da indústria no que diz respeito ao rendimento de peso vivo e de desossa, no caso da indústria frigorífica.


“Quando levamos essa carne para o mercado, obviamente o consumidor também é beneficiado. Temos muito a contribuir para essa evolução genética da raça Nelore e, sem dúvida, a Feicorte tem proporcionado essa visibilidade com a participação de pessoas do Brasil inteiro, levando essa mensagem sobre a importância do melhoramento genético", finalizou.

 

 

 

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